quinta-feira, 25 de junho de 2015

Todas as informações contidas nesse blog, assim como figuras e vídeos, foram retirados de livros didáticos, artigos científicos, cartilhas informativas e explicativas, websites e outros blogs correlatos, não constituindo, portanto, autoria própria.

Metabolismo
 É o conjunto de reações químicas dentro de uma célula no organismo vivo, com fim de promover a satisfação  de necessidades estruturais e energéticas, que são divididas em duas classes: catabolismo e anabolismo.
Catabolismo são reações de degradação que liberam energia que serão utilizadas para impulsionar as vias metabólicas.
Anabolismo é uma fase sintetizante do metabolismo, é nele que as unidades  fundamentais menores são reunidas para forma macromoléculas, necessitando de energia para a sua ocorrência.
As reações do tipo catabólicas são consideradas exergônicas pois liberam energia, são reações favoráveis e espontâneas, e as reações do tipo anabólicas absorvem energia  que vem do meio e são consideras endergônicas pois elas ganham energia.
O ∆G é uma de medida de energia e pode indicar se uma reação é favorável/espontânea ou não favorável, da seguinte forma:
 ∆G+ = reação não favorável
∆G- = reação favorável
  A energia utilizada no metabolismo é chamada de ATP (adenosina trifosfato). É um   ribonucleotideo em que a adenina é a base nitrogenada, ligada a um carboidrato que tem cinco átomos de carbono ligado a três grupos fosfato que são nomeados α, β e  γ.
Glicose
A glicose é uma fonte de energia importante para a atividade celular. Todos os seres vivos realizam, invariavelmente, a glicólise seja na presença ou na ausência de oxigênio, com as enzimas glicolicas presentes no citoplasma.
A glicose é o monossacarídeo proveniente principalmente da dieta sendo absorvida no intestino através de canais específicos, onde passa do meio intestinal para a corrente sanguínea, o nosso modelo de carboidrato de escolha para explicar o metabolismo.

Os transportadores de glicose
A corrente sanguínea tem a função de distribuir a glicose para todas as células do organismo, a distribuição é realizada através de canais específicos, pois sem eles a glicose não consegue passar da corrente sanguínea e entrar na célula esses canais recebem o nome de glut, que são cinco tipos:
Glut1: Encontrado em tecidos fetais e células em cultura; em adultos, altas concentrações em células sanguíneas responsáveis pelo transporte basal de glicose na maioria das células. 
Glut2: Encontrados nos hepatócitos, células β pancreática, membrana basolateral de células epiteliais do intestino delgado e túbulo renal, transportador de alta capacidade confere uma capacidade glico-sensora a células em que se expressa.
Glut3: Principal transportador em neurônios, também presente em placenta e testículos.
Glut4: Encontrado no musculo esquelético e cardíaco, responsável pelo transporte de glicose estimulado pela insulina. O glut 4 é considerado o mais importante, pois e responsivo a insulina esse mecanismo chamado de translocação e responsável pelo aumento de capacitação de glicose.
Glut5: Transportador de frutose, altas concentrações no intestino delgado e testículo.
A insulina e o hormônio anabólico mais conhecido e é essencial para a manutenção da homeostase de glicose e do crescimento e diferenciação celular. Esse hormônio e secretado pelas células β das ilhotas pancreáticas em resposta ao aumento dos níveis circulante de glicose após as refeições.
Quando a insulina se liga ao receptor ocorre uma mudança de conformação do receptor. Os receptores de insulina (ISR) é uma proteína composta por quatro subunidades duas α e duas β ligadas por ponte de sulfeto, esse receptor exerce atividade enzimática quando é ativado. Ele fosforila o substrato, coloca uma fosfato na tireosina. Conforme a figura a seguir:



Fig. 01: Transportado de glicose


Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/glut-4/ Acesso em: 05 jun. 2015

Glicólise

É um processo anaeróbico onde o produto final formado é o lactato, ocorrendo no citoplasma da célula e em condições de aerobiose o metabolismo da glicose segue para as demais vias metabólicas produtoras de energia (ciclo Krebs e cadeia respiratória), ocorrendo nas mitocôndrias das células.
A glicólise possui seis átomos de carbono e sua divisão em duas moléculas de piruvato. Para que isso aconteça ocorrem 10 reações sequenciais, as cinco primeiras constituem a fase preparatória e as cinco ultima fase de pagamento.

Fase Preparatória

1.      Fosforilação da glicose: neste passo inicial a glicose que está dentro da célula, sofre ação da enzima hexoquinase, essa enzima transforma a glicose em glicose 6- fosfato. Ela retira um fosfato do ATP e coloca no carbono de numero 6 da glicose. Essa é uma reação irreversível.
2.      Isomerização da glicose: nesta segunda etapa a próxima enzima da via não reconhece a glicose 6 fosfato como seu substrato mas reconhece  seu isômero, então ocorre uma isomerização, a glicose 6 fosfato é transformada em frutose 6 fosfato, através da enzima fosfoglicose isomerase. Essa reação é reversível
3.      Fosforilação da frutose 6- fosfato: a terceira reação é outra cinase, a enzima fosfofrutocinase transforma a frutose 6 fosfato em frutose 1,6 bifosfato, a enzima retira 1 fosfato do ATP e coloca no carbono 1 da frutose 6 fosfato. Essa é uma reação irreversível.
4.       Clivagem da frutose 1,6 difosfatos em duas trioses: nesta etapa, a enzima aldolase realiza uma hidrolise, ou seja, ela divide ao meio a frutose 1,6 bifosfato utilizando uma molécula de água, dando origem a dois compostos: o gliceraldeido 3 fosfato, uma aldose  e a dihidroxiacetona fosfato, uma cetose. Estes compostos são isômeros, mas a próxima enzima da via não reconhece a dihidroxiacetona fosfato como seu substrato, mas reconhece a gliceraldeido 3 fosfato que é seu isômero.
5.       Interconversão das trioses fosfato: apenas uma das trioses fosfato formada pela aldose pode ser diretamente degradada, já o produto dihidroxiacetona sofre ação da triose fosfato isomerase que é a quinta enzima da via, ela é convertida em gliceraldeido 3 fosfato. Esta reação encerra a fase preparatória da glicólise veja a figura a seguir: 

Fig 02: Fase preparatória da glicólise.



Fonte: Lehninger Princípio de Bioquímica 3° edição pag:411

Fase de Pagamento


        6.     Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-bisfosfoglicerato: O primeiro passa da fase de pagamento da glicólise é a transformação do gliceraldeido 3 fosfato em 1,3 bisfofoglicerato com a atuação da enzima gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase. Como a enzima é uma desidrogenase ela realiza uma oxirredução, ou seja, ocorre transferência de elétrons através de carreadores, o carreador aceito pela enzima e o NAD+. Essa enzima retira 2 elétrons do gliceraldeido 3 fosfato e doa para o NAD+ que passa para a forma oxidada quando o NAD+ recebe os 2 elétrons ele se transforma na forma reduzida NADH.
 A enzima gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase acrescenta um fosfato no carbono de nº1do gliceraldeido 3 fosfato, nessa reação não há gasto de ATP, pois o fosfato e inorgânico proveniente do citoplasma, o produto dessa reação é 1,3 bisfosfoglicerato.


7.      Transferência do fosfato do 1,3-difosfoglicerato para o ADP: Nessa etapa 1,3bisfosforoglicerato passa a ser substrato da enzima chamada de fosfoglicérico cinese, e seu produto é 3 fosfoglicerato, por ser uma cinase essa enzima retira um fosfato do 3 bisfosfoglicerato e coloca no ADP  quando o mesmo ganha um fosfato se toram um ATP. Formando o primeiro ATP da via glicolítica.
8.      Conversão do 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato: Após a formação de 3 fosfoglicerato a enzima não o reconhece como seu substrato, mas reconhece 2 fosfoglicerato sendo necessário a atuação da enzima fosfoglicerato mutase, ela muda a posição do grupo fosfato retirando do carbono nº 3 e colocando no carbono nº 2 formando o 2 fosfoglicerato que e reconhecido pela enzima.

9.      Desidratação do 2-fosfoglicerato para fosfoenolpiruvato: A enolase desidrata  2 fosfoglicerato, ou seja retira dele uma molécula de água, com essa desidratação o 2 fosfoglicerato é  transformado em fosfenol piruvato.

10.   Transferência do grupo fosfato do fosfoenolpiruvato para o ADP: na ultima reação o fosfoenolpiruvato sofre a ação da enzima piruvato cinase, com isso ele é transformado em piruvato, a enzima piruvato cinase retira um fosfato e coloca no ADP, formando o segundo ATP da via glicolítica veja a figura a seguir:

Fig 03: Fase de pagamento da glicólise.

Fonte: : Lehninger Princípio de Bioquímica 3° edição pag:411


Saldo de ATPs da via glicolítica
Para cada molécula de glicose no metabolismo há saldo bruto de quatro moléculas de ATPs, mas houve um gasto de dois ATPs na fase preparatória tendo no final um saldo liquido de dois ATPs é também  formado dois NADH e dois piruvato.



Referência

Goulart, F.C. Glicólise. Disponível em: http://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/FlaviaGoulart/GLICOLISE.pdf Acesso em: 27 maio 2015.
Introdução ao metabolismo. Disponível em: http://www2.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/bioquimica_animal/introducao_metabolismo.pdf. Acesso em 03 jun. 2015.
MACHADO, U.F. Transportadores de glicose, 1998.
CARVALHEIRA, J. B.C;ZECCHIN, H.G, SAAD, M.J.A. Vias de sinalização da insulina. Arquivos Brasileiros de endocrinologia e metabologia. v. 46 , n. 4,  São Paulo,  Aug. 2002.

  LEHNINGER, A. L et al. Lehninger Princípio de Bioquímica São Paulo: Sarvier, 2002. 411 p.

   

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